terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Às armas! (Discurso para o dia da Restauração)



A responsabilidade de um português do século XXI em nada é inferior à dos grandes conquistadores que ergueram, à custa de tanto suor e sangue, a nação mais antiga da Europa. A responsabilidade de um português do século XXI nada deve à dos bravos navegadores que, cruzando os mares, levaram a nossa língua aos quatro cantos do mundo. A responsabilidade de um português do século XXI não é menor do que a dos ilustres restauradores que, com amor à bandeira, se bateram corajosamente pela independência da nação.

A responsabilidade de um português do século XXI, a nossa responsabilidade, é construir o Portugal Maior que todos desejamos, o Portugal que de cauda da Europa se faça cabeça, uma ponte entre a Europa e o Mundo. A nossa responsabilidade é lutar, com todos os meios de que dispomos, por uma sociedade de progresso verdadeiro, cujos faróis sejam a Justiça e a Equidade, e cujos instrumentos sejam o trabalho árduo e o compromisso.

Portugueses: festejemos a independência da nação; mas deixemos de ser independentes da nossa sociedade. Sejamos, sim, independentes no pensamento e no espírito, para que vejamos sempre, com lucidez, aquilo que o país nos pede. Hoje, eu digo-vos: Portugal pede-nos envolvimento.

Reparai num Mundo dominado pelo desânimo e pelo descompromisso: Poderá, o nosso país, ser um exemplo de que a crença profunda na mudança transforma, de verdade, a sociedade?

Sim! Basta querermos.

Este é o tempo da unidade. Este é o tempo da restauração. Restaurar é reerguer, retomar, recomeçar. Neste dia de memória olhemos então para a frente.
Levantemos as nossas armas - o nosso trabalho e o nosso intelecto.
Mobilizemos mais forças - os nossos pais, filhos, e amigos.
Confiemos nos nossos generais – a Democracia e a Providência.
Nesta nova batalha, todos os braços são necessários, todas as vozes são precisas. Como poderemos não responder ao desafio?

Empenhai-vos, cada um de vós, no vosso trabalho. Interessai-vos e discuti as causas que vos preocupam. Envolvei-vos em associações, em partidos, em debates. Exigi, da classe política, um trabalho tão esmerado quanto o vosso. E lembrai-vos de todos aqueles que precisam de vós – e são tantos os que precisam! Porque o Portugal Maior só será possível numa cultura de entreajuda e solidariedade.

Não aceitaremos o imobilismo.
Não pactuaremos com a inércia.
Não aspiraremos um futuro pior do que o melhor possível: e esse futuro melhor, está nas nossas mãos.

A nossa missão é ser Portugal.
Viva Portugal!

1 comentário:

  1. Grande João, muitos parabéns pelo blogue, e por esta declaração em particular: uma valente injecção de confiança e esperança, como vai fazer falta nos próximos tempos.

    Subscrevo, encontrei talvez um promenor, apenas um, e muito de raspão: Aceitarei o imobilismo.

    Aceitarei o imobilismo, pois acredito que ele é necessário para quem queira meditar, filosofar, parar, ou simplesmente apreciar a vida. São preciosos esses vadios, esses poetas, esses que sabem tão bem ser portugueses.

    Mas é um excelente postal, dinâmico e inspirador. Um grande abraço, espero ver-te em breve

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