sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Imprevistos III

Estava no Chiado, a fazer tempo para o almoço que combinara com o pai, que nunca mais chegava. Já esgotara, com o olhar, todas as montras de vestidos e as fachadas de todos os edifícios. Distraída com a música que alguém tocava junto ao metro, lembrou-se de ir à Bertrand. Entrou, passeando-se pela literatura portuguesa em jeito de quem não procura nada de especial. Mas houve alguma coisa que lhe chamou a atenção no suporte que se erguia no final da sala.
- Não pode ser!...
Começou a folhear o livro apressadamente, a ler os subtítulos, a ver as imagens. Procurou, na contra-capa, a descrição do autor.
- É ele...
Fechou o livro. Chamava-se «O Balão», de Luís Magalhães.

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