pela hora que passa,
pelo sonho do fundo da noite
que mantém vigilante o nosso desejo do Encontro.
Nós te damos graças
porque no grito da vida nua,
no labor e no repouso nos procuras.
Nós te damos graças
porque o teu Filho com as suas mãos tocou
a luz e a treva de que somos feitos
e nos enxugou as lágrimas
quando a navalha da morte nos feriu.
Nós te damos graças
porque nos saras do sistema mundano do agir
e nos emprestas a coragem que falta
para atravessar o mar das palavras sufocadas
e renascer através do esquecimento de nós próprios.
Nós te damos graças
pelo sopro que revigora o junco esmaecido
e nos liga ao caminho que nos leva à vida.
(...)
Carlos Furtado, op e amigos
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