O velho, seguindo o canto das gaivotas, remou, no seu pequeno barco de madeira, até à jangada tosca em que o náufrago derivava há já vários dias. Ao ver o velho, o náufrago, chorando de alegria, perguntou-lhe quem o enviara, para que ele lhe fosse agradecer e pôr-se ao seu serviço. O velho sorriu.
- Chama-se Deus.
O náufrago perguntou-lhe então onde morava Deus, para que ele o visitasse.
- Vem ver!
O velho começou a remar e foi-lhe mostrando os lugares do Mundo. Levou-o ao gelo dos polos e ao calor dos trópicos. Mostrou-lhe ilhas paradisíacas e rochas tenebrosas. Apontou-lhe outros náufragos e capitães de grandes navios. E, por fim, enquanto lançava a âncora do barco, soltou:
- Em tudo o que viste habita Deus.
Os olhos do náufrago brilhavam. Mas o velho continuou.
- Mas tu ainda não viste a sua obra mais extrordinária!...
E aí desapareceu, deixando, no lugar onde se sentara, um pequeno espelho por onde o náufrago se olhou nos olhos.
"João, o discípulo muito amado."
ResponderEliminar"quem me vê, vê o Pai"
ResponderEliminarperegrinação a Fátima da Família de Schoenstatt 2009